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Obesidade e Ganho de Peso

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Nos últimos anos, a obesidade e o ganho de peso têm aumentado rapidamente em todas as faixas etárias. No Brasil, estima-se que mais de 50% da população esteja com excesso de peso e que 18,9% dos brasileiros estão obesos. 


Para o diagnóstico de obesidade em adultos, o parâmetro mais utilizado é o índice de massa corporal (IMC). O IMC é calculado dividindo-se o peso da pessoa pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e identifica: 

 

  • Peso normal (IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2).

  • Sobrepeso (IMC entre 25-29,9 kg/m2).

  • Obesidade (IMC maior ou igual a 30 kg/m2). 


O IMC, no entanto, não reflete o padrão de distribuição da gordura corporal. A medida da circunferência abdominal é uma das formas mais simples para se avaliar o conteúdo de gordura visceral (“gordura na barriga”). Outras alternativas para a estimativa da composição corporal são: o somatório das medidas de pregas cutâneas, análise de bioimpedância, medida da composição corporal por absorciometria com raios-X de dupla energia (densitometria), entre outras técnicas de imagem.
 

Durante a consulta de uma pessoa que apresente sobrepeso ou obesidade, é fundamental avaliar as causas que levaram ao excesso de peso, bem como investigar possíveis problemas associados à obesidade. A causa da obesidade é complexa e multifatorial, resultando, geralmente, da interação de diferentes fatores: 

 

  • Hereditariedade (herança genética).

  • Estilos de vida (hábito alimentar, atividade física, padrão de sono, entre outros).

  • Fatores emocionais, ambientais e sociais.

  • Alterações hormonais. 

  • Utilização de determinados medicamentos.


    O tratamento da obesidade deve ser individualizado para cada pessoa, após a avaliação médica minuciosa do endocrinologista. Esse tratamento é complexo e multidisciplinar, contando também com a participação de nutricionista, psicólogo, educador físico, entre outros profissionais de saúde, dependendo de cada caso. O tratamento da obesidade será instituído e mantido, desde que seja seguro, tenha indicação e benefícios já comprovados na literatura e demonstre efetividade para o paciente.


Fonte: www.abeso.org.br (Diretrizes Brasileiras de Obesidade 2016); www.endocrino.org.br (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM); portalms.saude.gov.br (Vigitel Brasil 2016).

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